segunda-feira, 30 de setembro de 2013

INSTRUTORES, ENSINADORES OU PROFESSORES ?

Olá pessoal !

No último, 26SET2013, em assembleia realizada no Clube Municipal (Tijuca) os professores da rede estadual decidiram pela manutenção da greve, iniciada em 08AGO2013.

No início da assembleia um representante do setor jurídico do SEPE esclareceu aos grevistas a polêmica criada sobre as ações da SEEDUC/RJ nos tribunais.

Resumindo, a SEEDUC/RJ – segundo entendimento dos desembargadores do TJERJ – está dentro da legalidade ao considerar a greve como ilegal e prejudicial aos interesses da rede. Portanto, poderá lidar administrativamente com os grevistas visando reverter o movimento.

O blog não chega a afirmar que a espada de Dâmocles está sobre as cabeças dos docentes da rede; mas tal alusão se acomoda muito bem a situação atual. Entretanto não é necessariamente por conta da do round vitorioso da SEEDUC no ringue da “judicialização”; mas muito mais pelo cenário que se configura – não tão longe -no horizonte.

Conforme o perfil do idealizador do blog, não há a pretensão de sermos visionários aqui; mas - parafraseando Shakespeare - existem inícios que predizem o final. Ou seja, quando a atual gestão da educação pública estadual estabeleceu os primeiros passos da sua (des)política de educação era inevitável que tivesse de atropelar o modelo de escola; os profissionais do ramo e todos os direitos (de alunos, professores, demais profissionais e toda comunidade do entorno) inseridos no universo da escola pública - alguns desses direitos estabelecidos na própria constituição.

Resumindo ainda mais. Saímos da penúltima colocação no ranking nacional e alcançamos a 11ª não porque a qualidade do ensino tenha melhorado; mas porque a metodologia de resultados começa a apresentar sinais de que está se solidificando na rede.

Tal metodologia precisava ganhar força e espaço na rede e por isso, já no primeiro mandato do atual governo (ela) recebeu o estímulo que precisava ao culpabilizar a escola e seus profissionais (mas nunca governos).

No entanto, avançar rumo a um novo modelo de escola pública era necessário  - através da capa da moralização – atuar em 03(três) pontos principais (não necessariamente na ordem que segue) :


  • Retirar a autonomia da escola (GIDE); 
  • Enquadrar” professores para além do estatuto do servidor (RESPONSABILIZAÇÃO DO DOCENTE);
  • Sequestrar” as direções das UE’s com a finalidade de estabelecê-las como peças fundamentais para a implementação do novo modelo (“CURSO” PARA DIRETORES*).
* É fato notório que algumas direções de UE’s da rede farreavam com as verbas públicas; não cuidavam do patrimônio e eram marionetes de caciques políticos locais e/ou regionais (que refletiam ou não os interesses do governo do Estado).

Portanto, o início já predizia o que vivemos e o que tendemos a vivenciar nos próximos anos; caso continuemos a achar que a coisa não é com a gente.

Pessoal, professor não é ensinador; nem instrutor ou adestrador. Vamos acordar !!!

A Lei 9394/94 diz que a educação deve preparar para a cidadania; no CM de cada disciplina da rede fala-se em preparar o indivíduo para atual no seu tempo e espaço (até que provem ao contrário subentende-se formar cidadãos); mas como os professores podem formar cidadãos se eles mesmos estão abrindo mão de pensar a sua realidade e de atuar como exemplos cidadania aos seus alunos ?

Finalizando, apresentamos uma pequena adaptação de um aforismo e também sugerimos mais leitura e um vídeo para reflexão.

“As palavras podem até convencer; mas o exemplo arrasta”.


Seriam sinais da pressão ?  Assistam e tirem as conclusões..

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