quarta-feira, 11 de setembro de 2013

JUDICIALIZANDO

Olá pessoal !

Ontem, 10/SET/2013, o blog foi contatado pela mitológica autoridade (do também mitológico) município de Sucupira que manifestou total apoio aos docentes da rede estadual do Rio de Janeiro e às suas reivindicações. Ainda, o chefe do executivo sucupirense afirmou estar aliviado com a recente decisão do STF que colocou por terra a iniciativa da SEEDUC/RJ de configurar a greve dos docentes como ilegal.


O eloquente e criativo político, vez por outra, durante a conversa fazia analogias entre a situação dos professores do seu município e os do Rio de Janeiro, dando a entender que os de lá não sofrem com superlotação das turmas; não sofrem com otimizações frequentes das turmas; recebem benefícios tais como o de saúde, de transporte, de alimentação e o de cultura [este último pago duas vezes, sendo uma vez a cada semestre]; tem a carga horária respeitada com 1/3 dela dedicada ao planejamento; carga horária em regime especial durante o curso de mestrado e doutorado; as escolas são equipadas com recursos didáticos [midiáticos ou não] em quantidades suficientes de forma que impeçam as "disputas" entre professores por tais recursos; as escolas possuem salas temáticas; laboratório; biblioteca [tudo funcionando]; profissionais de apoio [inspetores, pessoal de limpeza e merendeiras]; as secretarias possuem efetivo completo e a coordenação pedagógica não é burocratizada nem feita de uma pedagoga só; os professores não são perseguidos pelas direções por conta de divergências político-pedagógicas e/ou quaisquer outras divergências com a direção e que [nos raríssimos casos de greve] o código de greve sempre foi respeitado.

Enfim, a ilustre autoridade apresentou um longo comparativo que só não iremos reproduzir na íntegra por conta do constrangimento que poderia causar aos defensores da (des)política de valorização do magistério estadual que tem sido implementada pela atual gestão da SEEDUC/RJ, de maneira tão ciosa.

No entanto, marcou a sua última fala ao abordar o encaminhamento que tem sido dado pela SEEDUC para lidar com as justas reivindicações dos professores da rede estadual por melhores condições de trabalho e salário.


"Como docentista juramentado, não posso concordar com essa iniquidade, com essa miserabilidade, essa desumanidade e por que não dizer, essa vergonhosidade que está sendo feita com os professores e a educação pública no Rio de Janeiro".

Finalizando, judicializar as diferenças de opinião impede o diálogo e a construção de alternativas.


   


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